Nos olhos de cera
dois pingos de vida,
nas marcas de vida
a noite pisou.
A face tranquila
bordada de sombras
– são restos de estrelas
que o céu apagou.
Os dedos lilases
não pedem mais sol;
e os lábios desfeitos
perderam seus gestos,
calaram seus sonhos
que a morte levou.
Cabelos de musgos
lavados de espumas
caminha o afogado
que o mar conquistou.