7 poemas de Vicente de Carvalho
Vicente Augusto de Carvalho nasceu em Santos, São Paulo, no dia 5 de abril de 1866. Poeta,...
consulte Mais informaçãoVicente Augusto de Carvalho nasceu em Santos, São Paulo, no dia 5 de abril de 1866. Poeta,...
consulte Mais informaçãoJean Baudrillard nasceu em Reims, na França, a 27 de julho de 1929. Considerado um dos mais...
consulte Mais informaçãoLucília Dowslley nasceu a 12 de maio, em Niterói, Rio de Janeiro. Poeta, jornalista, fotógrafa,...
consulte Mais informaçãoWalmir Félix Ayala nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, no dia 4 de janeiro de 1933. Um dos...
consulte Mais informaçãonão dizer muito que as palavras para isso já não servem no castelo vivia um poeta (inútil) entre os guerreiros o sonho do poeta (inútil) era salvar alcina enclausurada na torre houve um ataque, uma luta, e o poeta (inútil), mais...
consulte Mais informaçãoAmanhã me vestirão com cinzas à alba, me encherão a boca de flores. Aprenderei a dormir na memória...
consulte Mais informaçãoEu desdobrei minha orfandade sobre a mesa, como um mapa. Desenhei o itinerário para meu lugar ao...
consulte Mais informaçãoRebentará a ilha da lembrança A vida será um ato de candura Prisão Para os dias sem retorno Manhã...
consulte Mais informaçãoOutro homem também não viu as estrelas, debalde as procurando. As noites, muitas, chegaram, e ele não viu as estrelas; os dias estavam se passando e ele não via as estrelas. Não viu as estrelas mas viu a lua. A lua que...
consulte Mais informaçãoMeu rio de mil lembranças que o tempo nunca embaçou; rio de tantos encômios que muito aedo cantou; bem antes de conhecer-te, um mundo deles, sem ver-te, já preparava-te as odes… sei de quantos que, nas notas traçavam uma...
consulte Mais informaçãoAs grades, de uma vez, cada vez mais junto de mim e de si mesmas – fechando o cerco em torno do meu vôo, quando em vôos me perco por além deste meu ser quase defunto. Já não blasfemo, não peço, não pergunto: se houvesse...
consulte Mais informaçãoMorder o fruto amargo e não cuspir mas avisar aos outros quanto é amargo, cumprir o trato injusto e não falhar mas avisar aos outros quanto é injusto, sofrer o esquema falso e não ceder mas avisar aos outros quanto é falso;...
consulte Mais informaçãoEu quisera ser claro de tal forma que ao dizer —rosa! todos soubessem o que haviam de pensar. Mais: quisera ser claro de tal forma que ao dizer — já! todos soubessem o que haviam de...
consulte Mais informaçãoOs vivos ouvem poucamente. As plantas, como o elemento aquático domina, são dadas à conversa. A menor brisa abala a urna de concórdia estremecida que, assim, sensível, se derrama e é solidão solícita. Os vivos não ouvem nada....
consulte Mais informaçãoToda palavra é noite. Perpetua a angústia do não encontro. Há sempre perda no contato, Mesmo que...
consulte Mais informaçãoO que de mim se esvai é o que fica Sou a permanência dos dias em que morro Diariamente construo...
consulte Mais informaçãoquando o primeiro amor morreu eu disse: morri quando meu pai se foi coração descontrolado eu...
consulte Mais informaçãoO que faço des faço o que vivo des vivo o que amo des amo (meu “sim” traz o “não” no seio).
consulte Mais informaçãoNão sou um Deus, Graças a todos os deuses! Sou carne viva e sal. Posso morrer.
consulte Mais informaçãoTudo será difícil de dizer: a palavra real nunca é suave. Tudo será duro: luz impiedosa excessiva vivência consciência demais do ser. Tudo será capaz de ferir. Será agressivamente real. Tão real que nos despedaça. Não há piedade...
consulte Mais informaçãoGostaria de dançar meu último verso Preso ao seu corpo Atravessando o movimento Ao pé do ritmo. Essa rima que só existe Nas palavras Escondidas pela voz De quem canta Silente a harmonia das almas. Os passos Da cadência , A...
consulte Mais informaçãoDesperto o automóvel que tem o pára-brisas coberto de pólen. Coloco os óculos de sol. O canto dos pássaros escurece. Enquanto isso outro homem compra um diário na estação de comboio junto a um grande vagão de carga completamente...
consulte Mais informaçãoAbro a primeira porta. É uma sala enorme, repleta de sol. Um caminhão passa na rua, faz estremecer a porcelana. Abro a segunda porta. Amigos! bebestes da escuridão e tornaste-vos visíveis. Terceira porta. Um quarto estreito de...
consulte Mais informaçãoSe eu fosse um peixe Morreria afogado. Se fosse formiga Morreria soterrado. Se fosse um pássaro, No ar, morreria asfixiado. Mas, como sou humano, Eu mato.
consulte Mais informaçãoEntão queres os meus versos? Pois bem, eu lhe dou, mas sob uma condição: prometer levar sempre contigo tudo aquilo que entrego na mais ávida palavra que sinto no momento da inspiração. Sim, de tudo: da minha alma aberta de medo...
consulte Mais informaçãoQualquer coisa de paz. Talvez somente a maneira de a luz a concentrar no volume, que a deixa, inteira, assente na gravidade interior de estar. Qualquer coisa de paz. Ou, simplesmente, uma ausência de si, quase lunar, que...
consulte Mais informaçãoAmor à Vista Entras como um punhal até à minha vida. Rasgas de estrelas e de sal a carne da ferida. Instala-te nas minas. Dinamita e devora. Porque quem assassinas é um monstro de lágrimas que adora. Dá-me um beijo ou a morte....
consulte Mais informaçãoVoltas sempre, melancolia, Ó brandura da alma solitária. Um dia de ouro acaba de arder. Humildemente se verga à dor o homem paciente Entoando melodia e suave loucura. Vê! já escurece. A noite volta e um mortal lamenta E com ele...
consulte Mais informaçãoA neve negra que escorre pelos telhados; Um dedo vermelho mergulha na tua testa, No quarto despido afundam-se nevadas azuis – Os espelhos mortos dos amantes. Em pesados pedaços se desfaz a cabeça e contempla As sombras...
consulte Mais informaçãoTodos os dias o sol amarelo aparece sobre a colina. Bela é a floresta, o animal escuro, O homem, caçador ou pastor. Avermelhado, o peixe sobe no regato verde. Sob o céu redondo O pescador segue, silencioso, na canoa azul. Lenta...
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