Às vezes me pergunto que razões
Me movem a estudar sem esperança
De precisão, enquanto a noite avança,
O idioma dos ásperos saxões.

No desgaste dos anos a memória
Deixa cair em vão a repetida
Palavra e é assim que a minha vida
Tece e destece a sua exausta história.

Porventura de algum modo, contudo,
Secreto e suficiente a alma sabe
Que é imortal e que seu vasto e grave

Círculo abarca tudo e pode tudo.
Mas além deste afã e deste verso
Me aguarda inesgotável o universo.