Este é um quase poema de amor,
Pois, não é só amor que estou sentindo…
Na tal linha tênue, que se aproxima ao ódio,
Se dissesse que também há remorsos,
Meus versos não estariam mentindo.

Por isso, não é superficialmente amorosa
As linhas que trago evasivas;
Entre rancores e paixões dolorosas
Que fere, mas também consola,
O nó é um laço da vida.

E se queres que lhe digas que amo,
Digo, em repudio, com voz estridente:
Por maior que seja a raiva que clamo,
O ódio, que nos livre do engano!
– Há paixão escrita na gente.