Que o pão encontre na boca
o abraço de uma canção
construída no trabalho.
Não a fome fatigada
de um suor que corre em vão.
Que o pão do dia não chegue
sabendo a travo de luta
e a troféu de humilhação.
Que seja a bênção da flor
festivamente colhida
por quem deu ajuda ao chão.
Mais do que flor, seja fruto
que maduro se oferece,
sempre ao alcance da mão.
Da minha e da tua mão.
O pão sempre esteve entre as primordiais preocupações do homem. Este poema vai ao cerne da questão e o poeta mostra o saber e sabor humanos atravessando os séculos e passando por nossa alma.
Lindo e inspirado poema! Que o pão não falte na mesa do irmão!