Não te cansaste do ardor trilhado,
Fulgor do decaído serafim?
Não lembre os dias encantados!
Teu olhar tem meu coração queimado
E tens até sua vontade enfim.
Não te cansaste do ardor trilhado?
Acima das chamas louvores elevados
Ao longo dos oceanos assim.
Não lembre os dias encantados!
Nosso rompido pranto angustiado
Sobe tal um hino – sem fim.
Não te cansaste do ardor trilhado?
Quando em sacrifícios mãos elevadas
O cálice transborda sobre mim.
Não lembre os dias encantados.
E ainda fixamente tens olhado
Com gestos lânguidos para mim!
Não te cansaste do ardor trilhado?
Não lembre os dias encantados.