Triunfalmente a fugir o belo suicida,
Tição de glória, espuma em sangue, ouro, tormenta!
Oh! riso se me chama a púrpura perdida
Ao cortejo real da tumba que me tenta.
Não! de todo o fulgor nem mesmo se sustenta
Um brilho, é meia-noite e a sombra nos convida,
Salvo o tesouro audaz que uma cabeça ostenta
No mimado torpor sem lume em que é servida.
A tua, sempre, sim, delícia que me vem,
A única que do céu extinto ainda retém
No meu pentear, pueril, um pouco da triunfante
Luz, quando a pousas, só, entre as dobras sedosas,
Capacete imortal de imperatriz infante
De onde, para espelhar-te, choveriam rosas.