Nascera ali _ no limo viridente
Dos muros da prisão _ como uma esmola
Da natureza a um coração que estiola _
Aquela flor imaculada e olente…

E ‘ele’ que fora um bruto, e vil descrente,
Quanta vez, numa prece, ungido, cola
O lábio seco, na úmida corola
Daquela flor alvíssima e silente!…

E _ ele _ que sofre e para a dor existe _
Quantas vezes no peito o pranto estanca!…
Quantas vezes na veia a febre acalma,

Fitando aquela flor tão pura e triste!…
_ Aquela estrela perfumada e branca,
Que cintila na noite de sua alma…