Como uma rosa no fundo da cabeça, que maneira obscura
de morte. O perfume a sangue à volta da camisa
fria,a boca cheia de ar,a memória
ecoando como as vozes
de agora. Onde está sentada brilha de tantas
moléculas
vivas,tanto hidrogênio, tanta seda escorregadia dos ombros
para baixo. Toca eu
de onde rompe a rosa. uma criança
luciferina. A mãe fechava,
abria em torno a torrente dos átomos
sobre a cara. Aquilo que a estrangula dos pulmões
à garganta
é a rosa infundida. Leva um braço às costas,
suando, raiando
pelo sono fora. Está queimada onde lhe toca. Falaria alto
se o peso a enterrasse à altura das vozes.
Via a matéria radiosa de que é feito o mundo.
A língua doce de leite,
a mão direita na massa agre, o sexo banhado
no manancial secreto.
O dom que transtorna a criança ardente é leve como
a respiração, leve como
a agonia.
Uma rosa no fundo da cabeça.