SOBRE A RAZÃO:
– “Não quero saber do sofrimento, quero é felicidade. Não gosto de fazer lamúrias. Uma vez, discuti feio sobre determinada situação. Fiquei sozinho em casa, cheio de razão e triste pra cacete. Então, pra que querer ter sempre razão? Não quero ter razão. Quero é ser feliz.”
SOBRE A VIDA:
– “Porque nada do que foi feito satisfaz a vida, nada enche a vida. A vida é viver!”
SOBRE O AMOR:
– “Mas essa é a natureza do amor, comparável à do vento: fluido e arrasador.”
SOBRE A ARTE:
– “A arte existe porque a vida não basta.”
– “Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba.”
– “Muito me criticam por ter feito uma reavaliação da arte de vanguarda. Conservadora é a vanguarda, que tem nas mãos todos os prêmios oficiais. A vanguarda ampliou nosso campo de visão, mas chegou ao esgotamento.”
SOBRE A POESIA:
– “Você percebe quando o poema está bem escrito, mas não é poesia.”
– “O esplendor das manhãs, o cheiro do tijuco podre, a lama, está tudo impregnado na minha poesia.”
– ” Lembro-me que defendia a tese de que a questão fundamental da nova poesia não era criar um novo verso e, sim, superar o caráter unidirecional da linguagem, rompendo com a sintaxe verbal.”
– “A história humana não se desenrola apenas nos campos de batalhas e nos gabinetes presidenciais. Ela se desenrola também nos quintais, entre plantas e galinhas, nas ruas de subúrbios, nas casas de jogos, nos prostíbulos, nos colégios, nas usinas, nos namoros de esquinas. Disso eu quis fazer a minha poesia. Dessa matéria humilde e humilhada, dessa vida obscura e injustiçada, porque o canto não pode ser uma traição à vida, e só é justo cantar se o nosso canto arrasta consigo as pessoas e as coisas que não tem voz.”
SOBRE DEUS:
– “Em face da imprevisibilidade da vida, inventamos Deus, que nos protege da bala perdida.”
SOBRE O TEMPO:
– “De noite, como a luz é pouca, a gente tem impressão de que o tempo não passa ou pelo menos não escorre como escorre de dia.”
SOBRE A HUMANIDADE:
– “Somos todos irmãos, não porque dividamos, o mesmo teto e a mesma mesa: divisamos a mesma espada, sobre nossa cabeça”