O texto tem sua face
de avesso na superfície:
é dia e noite, sintaxe
do que se pensa, ou se disse.
Tudo no texto é disfarce,
ritual de voz e artifício,
como se tudo falasse
por si mesmo, na planície.
Seja por dentro ou por fora,
seja de lado ou durante,
o texto é sempre demora:
o descompasso da escrita
e da leitura no grande
intervalo dos sentidos.