Em tua festa de núpcias eu te vi,
ardendo de rubor.
E havia só venturas junto a ti;
e era, a teus pés, o mundo, todo amor.
E, em seu olhar, a luz incandescente
(ah! qualquer que ela fosse!)
era o que, para o meu olhar dolente,
existia na terra de mais doce.
E era o rubor, o pejo purpurino
da virgem (por que não?) .
Mas uma chama infrene, em desatino,
a seu brilho, ai!, nasceu no coração
de quem, na festa nupcial, te via
ao vir-te êsse rubor.
E só venturas junto a ti havia;
e era, a teus pés, o mundo, todo amor…