A escritora Heloísa Teixeira, uma das mais importantes pensadoras e ativistas do feminismo brasileiro, faleceu nesta sexta-feira, 28 de março, no Rio de Janeiro. Aos 85 anos e Imortal da Academia Brasileira de Letras, eleita em 2023, ela sofria com complicações de uma pneumonia e insuficiência respiratória aguda. Heloísa estava internada na Casa de Saúde São Vicente, na Gávea. O velório será na ABL.
Nascida em 26 de julho de 1939, em Ribeirão Preto (SP), Heloísa Teixeira era graduada em Letras Clássicas pela PUC-Rio, com mestrado e doutorado em Literatura Brasileira na UFRJ e pós-doutorado em Sociologia da Cultura na Universidade de Columbia, em Nova Iorque. Foi diretora da HB – Heloísa Buarque Projetos Editorais. Sua área de pesquisa aborda a relação entre cultura e desenvolvimento, dedicando-se à poesia, relações de gênero e étnicas, culturas marginalizadas e cultural digital. Desde 2009 vinha se dedicando à cultura produzida nas periferias das grandes cidades e analisando o impacto das novas tecnologias digitais e da internet na produção e no consumo da cultura, desenvolvendo os projetos laboratórios de tecnologias sociais Universidade das Quebradas e Laboratório da Palavra – Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro de edição, criação e tecnologia.
Em abril de 2023 foi eleita para ocupar a 30ª cadeira da Academia Brasileira de Letras (ABL), sucedendo Nélida Piñon. Em julho deste mesmo ano, Heloisa anunciou que abandonaria o sobrenome famoso Buarque de Hollanda – que era do primeiro marido, o advogado e galerista Luiz Buarque de Hollanda – e passaria a adotar o Teixeira, de origem materna.