Por tão pouco você não me acertou em cheio,
à distância de seis dias, mais preciso…
Desde quando sinto os lábios do seu beijo
e a saudade da semana sem sorriso.
Talvez a falta trouxe fome,
tua presença marcou a minha vida…
Mas, depressa, esqueço-me do nome
e dar dor que me faz tua comida.
Os teus braços, envoltos à minha cura,
de ver tão longe tudo que mais sinto
fez seis dias serem à distância
exata e intangível do faminto.
Tenho fome,
tenho carne,
e não te tenho…
Tenho voz desencarnada pela ausência.
À memória, de famélica alegria,
não me lembra,
não me leva, sequer pensa,
o espaço deixado por seis dias.
E depois recebi notícias tuas,
dizendo tudo àquilo que previa…
Não senti sozinho a carência
senti, sozinho, a companhia.