E a árvore grande
lastimava-se, triste:
– Por que só dou frutos bons?
Passarinhos cantam em meus galhos acolhedores,
tenho uma copa amiga para todos os animais;
sou boa. – Por que sou mansa?
Os que vêem
dizem que sou a mais linda árvore do mundo,
mas, aí de mim…
Vistosos papagaios,
sabendo da minha fama,
em mim vêm fazer seus ninhos
e cortam-me as folhas;
os caitetus, fartos de tanta sombra
e proteção,
dilaceram-me o tronco…
Senhor! Por que sou boa, mansa, bonita
e produzo frutos bons?