Casimiro de Abreu

Poetas

Casimiro José Marques de Abreu nasceu no dia 4 de janeiro de 1837, em Barra de São João, Rio de Janeiro. Um dos poetas mais importantes da literatura brasileira, pertence a segunda geração do Romantismo no país. Membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), é patrono da cadeira n.6.

Casimiro de Abreu foi prodígio e muito intenso. Apesar de não ter escrito muito – faleceu com apenas 23 anos de idade – deixou obras perpetuadas na literatura nacional. Dono de um estilo lírico e sentimentos à flor da pele, seus poemas abordavam temas como o amor, a paixão, a melancolia da vida, nostalgia da infância e exaltação à pátria. Autor da obra “Meus Oito Anos”, tornou-se um dos mais populares poetas de sua geração no Brasil, apesar de viver boa parte de sua juventude em Lisboa, Portugal, onde, com apenas 16 anos, escreveu a maior parte dos poemas de seu único livro “Primaveras”.

Na capital portuguesa, Casimiro de Abreu conhece a boemia e se entrega às madrugadas, mulheres e bebidas. Acaba contraindo tuberculose, precisando regressar ao Brasil no ano de 1857. Com a saúde abalada, parte para Indaiassu, perto de Nova Friburgo, onde sua família tinha uma fazenda para que assim pudesse respirar ar mais puro e combater a doença.

Em julho de 1960, fica noivo de Joaquina Alvarenga Silva Peixoto. porém, pouco mais de três meses depois, Casimiro de Abreu não resiste à tuberculose e morre no dia 18 de outubro, em Indaiassu, município que hoje carrega o nome do próprio Casimiro de Abreu em homenagem.

Poemas de Casimiro de Abreu:

A Valsa

Tu, ontem, Na dança Que cansa, Voavas Co'as faces Em rosas Formosas De vivo, Lascivo Carmim; Na valsa Tão falsa, Corrias, Fugias, Ardente, Contente, Tranqüila, Serena, Sem pena De mim! Quem dera Que sintas As dores De amores Que louco Senti! Quem dera Que sintas!... —...

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Minhalma é Triste

Minhalma é triste como a rola aflita Que o bosque acorda desde o alvor da aurora, E em doce arrulo que o soluço imita O morto esposo gemedora chora. E, como a rôla que perdeu o esposo, Minhalma chora as ilusões perdidas, E no seu livro de fanado gozo Relê as folhas...

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Meus Oito Anos

Oh! souvenirs! printemps! aurores! V. HUGO. Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais! Como são...

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Canção do Exílio

Se eu tenho de morrer na flor dos anos Meu Deus! não seja já; Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde, Cantar o sabiá! Meu Deus, eu sinto e tu bem vês que eu morro Respirando este ar; Faz que eu viva, Senhor! dá-me de novo Os gozos do meu lar! O país estrangeiro mais...

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Risos

Ri, criança, a vida é curta, O sonho dura um instante. Depois... o cipreste esguio Mostra a cova ao viandante! A vida é triste — quem nega? — Nem vale a pena dizê-lo. Deus a parte entre seus dedos Qual um fio de cabelo! Como o dia, a nossa vida Na aurora é — toda...

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Que É – Simpatia

Simpatia - é o sentimento Que nasce num só momento, Sincero, no coração; São dois olhares acesos Bem juntos, unidos, presos Numa mágica atração. Simpatia - são dois galhos Banhados de bons orvalhos Nas mangueiras do jardim; Bem longe às vezes nascidos, Mas que se...

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  1. Auta de Souza » Recanto do Poeta - […] de amigos que realizava tertúlias onde os convidados recitavam poemas de vários autores, como Casimiro de Abreu, Gonçalves Dias,…

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