Oswald de Andrade

Poetas

José Oswald de Sousa de Andrade nasceu no dia 11 de janeiro de 1890, em São Paulo. Considerado um dos nomes mais importantes do Modernismo no Brasil fez de suas obras uma revolução literária no país, sendo o idealizador do “Movimento Antropófago”. Ao lado de outros escritores, artistas e intelectuais, foi um dos organizadores da Semana de Arte Moderna de 1922.

Oswald de Andrade não tinha medo de ousar. Após sua primeira viagem para a Paris, em 1912, ficou impressionado com as novas atividades artísticas e ideias futuristas que efervesciam na Europa. De volta ao Brasil, se juntou a escritores como Monteiro Lobato, Guilherme de Almeida e Mário de Andrade, para iniciar um novo conceito literário, denominado”O Esforço Intelectual do Brasil Contemporâneo”.

Ao lado da pintora Tarsila do Amaral, com que foi casado, também inicia a ideia do “”Movimento Antropófago”, uma série de atividades nativistas, que buscava criar uma cultura revolucionária no Brasil, fazendo com que o país deixasse de consumir apenas culturas estrangeiras.

Em março de 1924, Oswald de Andrade lança o “Manifesto Pau-Brasil”, um dos mais importantes documentos do Modernismo nacional. Pensando em fazer uma poesia genuinamente brasileira para “exportação”, no ano seguinte, em 1925, o escritor publica o livro de poemas “Pau-Brasil”, em que apresenta uma literatura pautada à realidade do país, a partir de uma “redescoberta” do Brasil.

Oswald de Andrade faleceu no dia 22 de outubro de 1954, em São Paulo.

Poemas de Oswald de Andrade:

Meus Oito Anos

Oh que saudades que eu tenho Da aurora de minha vida Das horas De minha infância Que os anos não trazem mais Naquele quintal de terra Da Rua de Santo Antônio Debaixo da bananeira Sem nenhum laranjais Eu tinha doces visões Da cocaína da infância Nos banhos de astro-rei...

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Alerta

Lá vem o lança-chamas Pega a garrafa de gasolina Atira Eles querem matar todo amor Corromper o pólo Estancar a sede que eu tenho doutro ser Vem do flanco, de lado Por cima, por trás Atira Atira Resiste Defende De pé De pé De pé O futuro será de toda a...

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Erro de Português

Quando o português chegou Debaixo de uma bruta chuva Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de sol O índio tinha despido O português.

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Canto de Regresso à Pátria

Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os pássaros daqui Não cantam como os de lá Minha terra tem mais rosas E quase que mais amores Minha terra tem mais ouro Minha terra tem mais terra Ouro terra amor e rosas Eu quero tudo de lá Não permita Deus que eu morra Sem...

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Western

I Amo-te Infinitamente II Serei tua alegria III O Mar está lindo Tom de ouro Saudades

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3 de Maio

Aprendi com meu filho de dez anos Que a poesia é a descoberta Das coisas que eu nunca vi

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