Elisa Lucinda

Poetas

Elisa Lucinda dos Campos Gomes nasceu no dia 2 de fevereiro de 1958, em Cariacica, Espírito Santo. Poeta, cantora e atriz, ela faz uso das três artes para compor uma só expressão poética à sua obra. Autora de 13 livros, fundou, em 2008, o projeto “Casa Poema”, espaço focado na “arte-educação”, destinado para encontros, oficinas e atividades culturais, no Rio de Janeiro.

Filha de um professor de português e latim, Elisa interessou-se pela poesia desde cedo. Em 1986, aos 28 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar teatro, especializando-se em “interpretação de poesia”. Seis anos depois, em 1992, lançou o seu primeiro livro “A Lua que Menstrua”, produzido de maneira independente.

O teatro trouxe uma habilidade única para Elisa Lucinda interpretar os seus versos. A forma imponente de expor as palavras, junto com uma expressão coloquial e muito bem explícita, fez com que a artista ganhasse destaque também no cenário literário. Até por isso, ganhou a fama de uma das poetas de sua geração que mais popularizou o “viver poético”.

Militante cultural, Elisa, em parceria com a Organização Internacional do Trabalho, atualmente tem desenvolvido o projeto “Palavra de Polícia, Outras Armas”, onde ensina poesia falada aos polícias, procurando alinhá-los aos princípios dos direitos humanos e transformar antigos modos operacionais em relação ao gênero e à raça.

Poemas de Elisa Lucinda:

Amanhecimento

De tanta noite que dormi contigono sono acordado dos amoresde tudo que desembocamos em amanhecimentoa aurora acabou por virar processo.Mesmo agoraquando nossos poentes se acumulamquando nossos destinos se torturamno acaso ocaso das escolhasas ternas folhas roçama dura...

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Aviso da Lua que Menstrua

Moço, cuidado com ela!Há que se ter cautela com esta gente que menstrua...Imagine uma cachoeira às avessas:cada ato que faz, o corpo confessa.Cuidado, moçoàs vezes parece erva, parece heracuidado com essa gente que geraessa gente que se metamorfoseiametade legível,...

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Pode Café

Ela pedeEla coraEla querCoar café na mirade minhas elegantes meninasE correr pela ladeira ume-descidaCalcinha coador pela manhãEla cedeEla choraEla atécanta um sangrado tangoe me diz: Não me zangoem abrir geladeirasQuando o que faz é o que querEla medeEla moraSe ela...

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