Miguel Torga

Poetas

Adolfo Correia da Rocha, mais conhecido pelo pseudônimo Miguel Torga, nasceu no dia 12 de agosto de 1907, em São Martinho de Anta, Portugal. Um dos mais importantes poetas portugueses do século XX, foi laureado com o Prêmio Camões de 1989, o mais importante da língua portuguesa.

Autor prolífico, Torga publicou mais de 50 livros. Além de poeta, destacou-se como contista e memorialista, mas também escreveu romances, peças de teatro e ensaios. Em 1920, aos 13 anos, foi morar no Brasil, na fazenda do seu tio, em Minas Gerais, permanecendo no país até os 18 anos.

De volta a Portugal, lançou o seu primeiro livro de poemas, “Ansiedade”. Ao lado de nomes como José Régio, Gaspar Simões e Branquinho da Fonseca, fez parte do grupo modernista que crescia por toda a Europa.

A obra de Torga tem um carater humanista e traduz sua rebeldia contra as injustiças sociais e abusos de poder. Isso reflete sua origem aldeã, suas experiências como médico, em contato com as pessoas mais pobres, e os anos em que passou no Brasil. Torga também destaca o valor de cada ser hurmano, como criador e propagador da vida e da natureza, fazendo do homem um ser maior e mais digno de adoração do que os próprios deuses.

Miguel Torga faleceu no dia 17 de janeiro de 1995, em Coimbra, Portugal.

Poemas de Miguel Torga:

Apelo

Porquenão vens agora, que te queroE adias esta urgência?Prometes-me o futuro e eu desesperoO futuro é o disfarce da impotência. Hoje, aqui, já, neste momento,Ou nunca mais.A sombra do alento é o desalentoO desejo o limite dos mortais.

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Prospecção

Não são pepitas de oiro que procuro.Oiro dentro de mim, terra singela!Busco apenas aquelaUniversal riquezaDo homem que revolve a solidão:O tesoiro sagradoDe nenhuma certeza,SoterradoPor mil certezas de aluvião.Cavo,Lavo,Peneiro,Mas só quero a fortunaDe me...

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Conquista

Livre não sou, que nem a própria vida Mo consente. Mas a minha aguerrida Teimosia É quebrar dia a dia Um grilhão da corrente. Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino. E vão lá desdizer o sonho do menino Que se afogou e flutua Entre...

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