Paul Éluard

Poetas

Eugène Emile Paul Grindel, mais conhecido pelo pseudônimo Paul Éluard, nasceu no dia 14 de dezembro de 1895, em Saint-Denis, na França. Apelidado como o “Poeta da Liberdade”, foi uma das principais vozes da literatura contra o nazismo durante a Segunda Guerra Mundial. Participou do movimento dadaísta, sendo uma das figuras principais do surrealismo francês.

Aos 16 anos, Paul Éluard contraiu tuberculose. Nesse período, ele precisou ser internado no Sanatório de Davos, na Suíça, onde conheceu o poeta brasileiro Manuel Bandeira, que também estava a tratar da doença.  No sanatório, Éluard apaixonou-se por Helena Diakonova, uma jovem russa que se tornou musa inspiradora de sua poesia amorosa. Os dois casaram em 1917.

A obra poética de Paul Éluard alia a plenitude de seu amor a um profundo questionamento do mundo, através do absurdo, do abstrato, e da loucura. 
Amigo íntimo do poeta André Breton, Éluard participou do movimento dadaísta, no entanto, ele era o único desse grupo a afirmar que a linguagem pode ter um propósito por ela mesma, enquanto o conceito primário do dadaísmo considera apenas como um “meio de destruição”. Por isso, foi no surrealismo que Éluard ganhou apoio para a sua criação, tornando-se uma das principais influências desse movimento.

Com o tempo, o engajamento político tornou-se a grande razão da obra poética de Paul Éluard. Na época da guerra, ele apresentava os seus poemas de forma clandestina, abrindo caminho para uma ação artística mais crítica, até filiar-se de vez ao partido comunista francês.

Em abril de 1948, Paul Éluard e o pintor Pablo Picasso foram convidados a participar do “Congresso para a Paz”, em Wroclaw, na Polônia. Em junho, ele publica os “Poemas Políticos”. Em 1949, participa dos trabalhos do Congresso em Paris, como Conselheiro mundial da Paz. Nesse mesmo ano, passou alguns dias com os gregos entrincheirados no Monte Grammos, na fronteira da Albânia e da Grécia.

Paul Éluard morreu em 18 de novembro de 1952, em Charenton-le-Pont, na França.

Poemas de Paul Éluard:

Lembrança Afetuosa

Houve um grande riso tristeO pêndulo parouUm bicho do mato salvava seus filhotes.Risos opacos em quadros de agoniaTantas nudezes transformando em irrisão a sua palidezTransformando em irrisãoOs olhos virtuosos do farol dos náufragos.

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Liberdade

Nos meus cadernos de escolaNesta carteira nas árvoresNas areias e na neveEscrevo teu nome Em toda página lidaEm toda página brancaPedra sangue papel cinzaEscrevo teu nome Nas imagens redouradasNa armadura dos guerreirosE na coroa dos reisEscrevo teu nome Nas jungles e...

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Seus Olhos Sempre Puros

Dias de lentidão, dias de chuva,Dias de espelhos quebrados e agulhas perdidas,Dias de pálpebras fechadas ao horizonte dos mares,De horas em tudo semelhantes, dias de cativeiro.Meu espírito que brilhava ainda sobre as folhasE as flores, meu espírito é desnudo feito o...

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