Artur da Távola

Poetas

Paulo Alberto Artur da Tavola Moretzsonh Monteiro de Barros, mais conhecido pelo pseudônimo Artur da Távola, nasceu no dia 3 de janeiro de 1936, no Rio de Janeiro. Advogado, jornalista e político – foi um dos fundadores do PSDB – também teve carreira destacada na literatura, publicando 23 livros, entre contos, crônicas e poesia.

Muito inteligente e com um olhar crítico em relação à sociedade, a obra poética de Artur da Távola circunda a natureza dos hábitos, a cidade, além de memórias amorosas, da vida, e inspirações poéticas. Muito conhecido por frases reflexivas e irônicas, utiliza, no entanto, uma escrita simples, direta e de fácil compreensão.

Publicou o seu primeiro livro de poemas, intitulado “Calentura”, em 1986. Cinco anos após a sua morte, em 2013, foi publicado um outro livro, chamado “o Jugo das Palavras”. Ser midiático, teve muitos dos seus livros prefaciados por artistas famosos, tais como: Fernanda Montenegro, Pedro Bial, Carlos Vereza e Beth Faria.

Em relação à vida política, Artur da Távola, iniciou a carreira em 1960, no PTN, pelo estado da Guanabara. Dois anos depois, elegeu-se deputado constituinte pelo PTB. Cassado pela ditadura militar, viveu, entre 1964 e 1968, na Bolívia e no Chile. De volta ao Brasil, tornou-se um dos fundadores do PSDB e o líder da bancada tucana na assembleia constituinte de 1988. Nesse mesmo ano, concorreu, sem sucesso, à prefeitura do Rio de Janeiro.

Posteriormente, foi presidente do PSDB entre 1995 e 1997. Exerceu mandatos de deputado federal de 1987 a 1995 e senador de 1995 a 2003. Em 2001, foi secretário da Cultura na cidade do Rio de Janeiro.

Artur da Távola faleceu no dia 09 de maio de 2008, no Rio de Janeiro.

Poemas de Artur da Távola:

Soneto Inascido

O poema subjaz.Insiste sem existirescapa durante a capturavive do seu morrer.O poema lateja.É limbo, é limo,imperfeição enfrentada,pecado original.O poema viceja no ocultoengendra-se em diluiçãodesfaz-se ao apetecer.O poema poreja flor e adagae assassina o íncubo...

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Soneto da Pequenez

Não tenho culpaDe não ter razão.Sou hipóteseJamais confirmação.Ante-salo-me à espreita do verazVejo-me em bis.Preliminar de equívocoBêbado, embora, vorazDe verdades boticão.Feto aflito, sou por um trizAmargo mel d'amplidão.Sou espasmo do quaseEnvolto em gaze,...

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Poema para a Dor Inaugural

Mamei força, cálcio e amorsuguei angústia, eros, estupor. O seio bom que me fartousofria a morte de minha irmã. Jamais soube desabafaras minhas dores não minhas. A vontade de ser ulcerou-me o cólon.A coragem de ser salvou-me o destino. A decisão de ser transformou-me...

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