Fagundes Varela

Poetas

Luiz Nicolau Fagundes Varella nasceu em Rio Claro, no estado do Rio de Janeiro, a 17 de agosto de 1841. Associado à terceira fase do Romantismo, Fagundes Varela e considerado o “poeta da natureza”, é Fagundes Varella o autor que melhor reproduz paisagens na poesia nacional. Patrono da cadeira nº 11 da Academia Brasileira de Letras (ABL)

Viveu uma infância junto à natureza e com seus pais. Aos 20 anos, mudou-se para São Paulo, a fim de ingressar na Faculdade de Direito. Em 1862, casou-se com Alice Guilhermina Luande, artista de um circo na cidade de Sorocaba. Foi a traumática morte prematura de seu primeiro filho, Emiliano, que inspirou a criação de um de seus mais famosos poemas, o “Cântico do Calvário”.

Em 1865, acontece mais uma tragédia na vida de Fagundes Varella: ele perderia sua esposa, Alice. No mesmo ano, o poeta renuncia aos estudos e volta para a casa dos pais. Quatro anos depois, casa-se com sua prima, Maria Belisária Lambert, com quem tem duas filhas e um filho, Emiliano. Assim como aconteceu com o primeiro filho, este também não sobrevive.

Seu espírito religioso alcança o misticismo em obras como “Anchieta ou O Evangelho na Selva”, repleto de referências bíblicas. Nela, Varella relata a narração feita pelo missionário aos índios, sobre a vida e a paixão de Cristo. Outros assuntos muito comuns em sua obra são a solidão, a melancolia, a angústia, a desilusão, bem como forte aspecto social e forte cunho abolicionista.

Fagundes Varella faleceu em 18 de fevereiro de 1875, em Niterói. Com apenas 33 anos de idade, o poeta foi vítima de apoplexia (acidente vascular cerebral-AVC).

Poemas de Fagundes Varela:

Não te Esqueças de Mim!

Não te esqueças de mim, quando erradia perde-se a lua no sidéreo manto; quando a brisa estival roçar-te a fronte, não te esqueças de mim, que te amo tanto. Não te esqueças de mim, quando escutares gemer a rola na floresta escura, e a saudosa viola do tropeiro...

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Soneto

Desponta a estrela d'alva, a noite morre. Pulam no mato alígeros cantores, e doce a brisa no arraial das flores lânguidas queixas murmurando corre. Volúvel tribo a solidão percorre das borboletas de brilhantes cores; soluça o arroio; diz a rola amores nas verdes...

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A Flor do Maracujá

Pelas rosas, pelos lírios, Pelas abelhas, sinhá, Pelas notas mais chorosas Do canto do Sabiá, Pelo cálice de angústias Da flor do maracujá ! Pelo jasmim, pelo goivo, Pelo agreste manacá, Pelas gotas de sereno Nas folhas do gravatá, Pela coroa de espinhos Da flor do...

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