Nemecio Calazans

Nemecio Calazans

Nemecio Calazans

Poetas

Nemecio Cardoso Calazans nasceu a 27 de março de 1918, em Palmas de Monte Alto, na Bahia. Poeta, trovador e romancista, foi presidente do Cenáculo Fluminense de História e Letras (CFHL), tendo ocupado a Cadeira n.6, do patrono Fagundes Varela. Avô do poeta Igor Calazans, publicou mais de 20 livros, além de participar de importantes antologias nacionais.

Filho de Odorico Calazans e Maria Joaquina Cardoso Calazans, Nemecio nasceu na Bahia, mas, ainda criança, precisou-se mudar para Teresópolis, região serrana do Rio de Janeiro, por causa da saúde debilitada de sua mãe, orientada a respirar ares mais puros.

Após o falecimento de Dona Maria Joaquina, seguiu com o pai e a irmã para a cidade mineira de Sete Lagoas, onde viveu maior parte da juventude. Mais tarde, para ajudar no sustento da família, muda-se para Belo Horizonte e começa trabalhar em uma seguradora. Na capital mineira, torna-se aviador civil e casa-se com Alice Dias Calazans. Nesse período consegue transferência para o Rio de Janeiro, instalando-se em  Niterói.

No Rio de Janeiro a sua produção literária ganha corpo, assim como a enorme vocação acadêmica. Passou a participar de atividades culturais, aproximando dos principais escritores e intelectuais da época. Essa avidez levou Nemecio Calazans a integrar diversas Academias. Além do CFHL, ele foi membro das Academias Brasileira de Literatura, Guanabarina de Letras e Nacional de Letras e Artes; também foi membro atuante da Sociedade dos Homens de Letras do Brasil, do Ateneu Angrense de Letras e Artes, e do Cenáculo Brasileiro de Letras e Artes.

Em relação à sua obra, a poesia de Nemecio Calazans coloca, de forma clássica e muitas vezes erudita, a simplicidade da vida, pensamentos mais puros em relação à existências e sentimentos. Especializou-se em sonetos, com métricas precisas e vocabulário que prima pela objetividade, deixando aflorar a extensão de sua alma no relato poético existente na personalidade humana.

Em 1992, recebeu a medalha “José Cândido de Carvalho”, concedida pela Câmera Municipal de Niterói, pelo conjunto de sua obra.

Nemecio Calazans faleceu no dia 17 de setembro 2002, em Niterói, Rio de Janeiro.

 

Poemas de Nemecio Calazans:

As Estrelas Não Vieram

Outro homem também não viu as estrelas, debalde as procurando. As noites, muitas, chegaram, e ele não viu as estrelas; os dias estavam se passando e ele não via as estrelas. Não viu as estrelas mas viu a lua. A lua que infinitamente calma tinha reflexos de abandono, e...

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Sobre o Rio São Francisco

Meu rio de mil lembranças que o tempo nunca embaçou; rio de tantos encômios que muito aedo cantou; bem antes de conhecer-te, um mundo deles, sem ver-te, já preparava-te as odes... sei de quantos que, nas notas traçavam uma tais rotas que jamais eram as tuas, nem...

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A Árvore Boa

E a árvore grande lastimava-se, triste: - Por que só dou frutos bons? Passarinhos cantam em meus galhos acolhedores, tenho uma copa amiga para todos os animais; sou boa. - Por que sou mansa? Os que vêem dizem que sou a mais linda árvore do mundo, mas, aí de mim......

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Olhai a Árvore Amiga

Olhai a árvore amiga que tanta bondade influi: enquanto o sol a castiga, em sombras se distribui. Para esquecer-te, menina, junto a ti eu me condeno. É como na medicina: - veneno mata veneno. Se sou triste, com certeza jamais deves te admirar, que a causa desta...

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O Quadrado da Janela

No quadrado de céu da janela crio mundos impossíveis que jamais viverão. Mundos que enxergo no momento de liberdade de crença quando aparecem ao desafogo de vontades reprimidas iluminados que são pelo sol da imaginação do que não pode ser. Pelo quadrado de céu da...

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2 Comentários

  1. Marcos otavio DIas calazans

    Conhecí o Poera e Rinancusta Benécuo Calazans qus me gerou como fillho, me educou e junto com a sua esposa Alice Duas Calazans me deu a cindiçáo de ser alguma coisa na vida. Meu Pai, meu querido e bondoso Pai onde quer que esyeja antes de tudo junto com a minha querida mae estará sempre guardado no meu coraçáó . Obrigado Pai o sei Pick ou o seu Liquinho nunca te esquecerá.

    Responder
  2. Abreu

    Como pessoa, em suas atitudes, bondade e carisma.. No seu caráter, honestidade e ações, a poesia os contos e romances encontravam nele não só um escritor, mas um porta-voz de um tempo onde o romantismo do cotidiano era focado basicamente na pompa, por usar a suntuosidade em suas palavras e associa-las à coisas simples, dando valor e tornando interessante sua própria passagem e experiência com o tempo em momentos de reflexão do nosso próprio tempo no momento da leitura.

    Só posso dizer,era meu sogro e um sábio.
    Inaldo Abreu

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