Com mais de seis décadas dedicadas à literatura brasileira, a professora Heloísa Buarque de Hollanda, foi eleita a nova Imortal da Academia Brasileira de Letras. Aos 83 anos, ela ocupará a Cadeira 30 da ABL, substituindo Nélida Piñon, primeira e única mulher até hoje a presidir a casa, falecida em dezembro de 2022. O anúncio foi feito nessa quinta-feira feira, 20 de abril, após votação na sede da entidade.

Professora de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Heloísa Buarque de Hollanda notabilizou-se por seus trabalhos como  ensaísta, crítica literária, editora e antologista. Estudiosa das áreas de feminismo, literatura brasileira, políticas culturais e periferia, entre os seus diversos livros publicados, alguns ressoaram em torno de  grandes polêmicas. Destaca-se, por exemplo, a coletânea “26 Poetas Hoje”, de 1976, considerado um marco para a revelação da “geração mimeógrafa”, feita pelo movimento dos “poetas marginais” no país. Nomes como Ana Cristina Cesar, Cacaso e Chacal, passaram a ter suas obras reconhecidas, diversificando os olhares críticos, antes valorizados apenas para os poetas canônicos.