Raul de Leoni

Raul de Leoni

Poetas

Raul de Leoni nasceu no dia 30 de outubro de 1895, em Petrópolis, Rio de Janeiro. Considerado um dos maiores sonetistas da poesia brasileira de todos os tempos, foi personagem importante da última fase do simbolismo, inspirando diversos autores da sua geração, tais como Manuel Bandeira e Guilherme de Almeida. Com um estilo extremamente próprio, passou a ser visto como um autor independente das regras poéticas e influências de escolas e movimentos literários.

Ainda adolescente, Raul de Leoni foi morar e estudar na Europa. Com apenas 22 anos, em 1917, tornou-se diplomata, em 1917. Dois anos depois, com a publicação do “Ode a um poeta morto”, conquistou reconhecimento nos meios literários da época, tornando-se referência para autores parnasianos, simbolistas e até modernistas. Esse fato, no entanto, gera até hoje certa discussão sobre qual é a escola e posições poéticas do autor.

Especializado em escrever sonetos, principalmente decassílabos, os versos de Raul de Leoni possuem métricas perfeitas, além de sonoridades e ritmos únicos e primorosos. Dentro da crítica poética brasileira, os seus poemas são considerados dos mais precisos: em ideia, filosofia, cenários e essência das temáticas.

A obra poética de Raul de Leoni demonstra a personalidade solitária do autor. Seus versos são repletos de metáforas e de concepções filosóficas fantásticas. No entanto, apesar da profundeza das reflexões, o poeta consegue expressar suas ideias com palavras simples e de maneira doce, que facilitam o melhor entendimento dos leitores.

No início da década de 20, Raul de Leoni foi eleito deputado fluminense. Porém, nesse período apresentou os primeiros sintomas de tuberculose. Acometido pela doença, mudou-se para Itaipava em busca de ares mais puros. Aos 27 anos, em 1922, publicou “Luz Mediterrânea”, sua principal obra.

Raul de Leoni morreu com apenas 31 anos, no dia 21 de novembro de 1926, em Itaipava, Rio de Janeiro.

Poemas de Raul de Leoni:

Argila

Nascemos um para o outro, dessa argilaDe que são feitas as criaturas raras;Tens legendas pagãs nas carnes clarasE eu tenho a alma dos faunos na pupila... Às belezas heróicas te comparasE em mim a luz olímpica cintila,Gritam em nós todas as nobres tarasDaquela Grécia...

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Decadência

Afinal, é o costume de viverQue nos faz ir vivendo para a frente.Nenhuma outra intenção, mas, simplesmenteO hábito melancólico de ser... Vai-se vivendo... é o vício de viver...E se esse vício dá qualquer prazer à gente,Como todo prazer vicioso é triste e doente,Porque...

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Pudor

Quando fores sentindo que o fulgorDo teu Ser se corrompe e a adolescênciaDo teu gênio desmaia e perde a cor,Entre penumbras e deliquescência, Faze a tua sagrada penitência,Fecha-te num silêncio superior,Mas não mostres a tua decadênciaAo mundo que assistiu teu...

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