
Victor Hugo
Victor-Marie Hugo nasceu em Besançon, França, no dia 26 de fevereiro de 1802. Foi um poeta, dramaturgo e estadista francês. Autor dos romances, “Os Miseráveis”, “O Homem que Ri”, “O Corcunda de Notre-Dame”, “Cantos do Crepúsculo”, entre outras obras célebres. Grande representante do Romantismo, foi eleito para a Academia Francesa.
Com 14 anos lia os livros de René Chateaubriand, iniciador do Romantismo francês. Dizia: “Quero ser Chateaubriand ou nada”. Recusou ingressar na Escola Politécnica para se dedicar à carreira literária. Em 1817, recebeu um prêmio em um concurso de poesia da Academia Francesa.
Em 1822, casa-se com Adèle Foucher, amiga de infância. Nesse mesmo ano publica sua primeira antologia poética “Odes e Poesias Diversas” e os poemas “Ode e Baladas, Orientais”.
Escreve artigos nos quais defende a candidatura do príncipe Luís Napoleão para a presidência da República. Eleito, Napoleão III viola a Constituição. Victor Hugo desiludido, não aceita a política adotada por quem ajudara a eleger.
Victor Hugo é perseguido ao tentar organizar a resistência à ditadura de Napoleão III e se refugia em Bruxelas, só retornando depois de dezoito anos, com a queda do Império.
Victor Hugo faleceu em Paris, no dia 22 de maio de 1885. Em seu testamento deixa cinquenta mil francos aos pobres e pede preces de todas as almas. Foi sepultado em 1º de junho no Panteão, o monumento fúnebre dos heróis nacionais.
Poemas de Victor Hugo:
Desejos
E que se não for, seja breve em esquecer. E que esquecendo, não guarde mágoa. Desejo, pois, que não seja assim, Mas se for, saiba ser sem desesperar. Desejo também que tenha amigos, Que mesmo maus e inconseqüentes, Sejam corajosos e fiéis, E que pelo menos num deles...
A Ponte
Diante de mim, a escuridão. A voragem Que não tem cimo e que nem sequer tem margem Lá estava, sombria, imensa; nada nela mexia. Perdido no mundo infinito eu me sentia. Ao longe, através da sombra, impenetrável véu, Entrevia-se Deus, pálida estrela no céu. Clamei: – Ó...
Qual é o Fim…
Qual é o fim de tudo? a vida ou a tumba? A onda que nos sustém? ou a que nos afunda? Qual a longínqua meta de tanto passo cruzado? É o berço que embala o homem ou é o seu fado? Seremos aqui na terra, nas alegrias, nos ais, Reis predestinados ou simples presas fatais?...
A Infância
O menino cantava; sua mãe, no leito, agonizava, Extenuada, a sua fronte na sombra pendia; E sobre ela, a morte numa nuvem vagueava; E eu ouvia a canção e escutava a agonia. Tinha cinco anos o menino, e junto à janela, Um claro som de riso e de jogos se erguia; E a...
O sol adormeceu esta tarde nas nuvens…
O sol adormeceu esta tarde nas nuvens. Amanhã hão de vir borrasca e tarde e noite; A aurora e seus clarões de vapor obstruídos; Depois noites e dias, todo o tempo eterno. Passarão estes dias – passarão em turba Sobre a face do mar, sobre a face dos montes, Sobre os...
Devaneio
Oh! deixa-me! é a hora onde o horizonte se esfuma, Esconde a fronte vária sob esfera em bruma, Hora onde o astro gigante já em rubor sumia. O bosque amarelado, só, doura a colina. Pensar que em dias tais em que o outono declina, Deslustram chuva e sol a floresta que...
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