Wislawa Szymborska

Poetas

Maria Wisława Anna Szymborska nasceu a 2 de julho de 1923, em Kórnik, na Polônia. Apelidada de “Mozart da Poesia”, tem a sua obra definida como “A Perfeição da Palavra”, sendo a poeta polaca mais traduzida no mundo. Venceu o Prêmio Nobel de literatura, em 1996, e também o Prêmio Goethe, em 1991.

De acordo com Academia de Estocolmo, a obra poética de Wisława Szymborska apresenta uma expressão única, repleta de contextos históricos e biológicos, manifestado, com doses de ironia e profundas reflexões, em fragmentos que refletem a realidade humana imposta pelos sistemas políticos e socias.

Morando em Cracóvia, durante o estalinismo, Wisława Szymborska uniu-se aos “Pryszczaci” (Os Borbulhentos), um grupo de jovens escritores polacos dos finais da década de 40 e inicio da de 50, propagadores do realismo socialista. Em 1949 tentou publicar o seu primeiro livro, “Os poemas”, mas a censura do país descartou a obra. Três anos depois, em 1952, apresentou com um conjunto de poemas intitulado “Por isso, vivemos”. Nesse período casou-se com o poeta Adam Włodek, com quem viveu até 1954. 

A obra de Wisława Szymborska busca, através da poesia apoiar o regime comunista à sociedade polaca. A luta social, a liberdade de expressão e a ideia de arte e cultura como ferramentas de reflexão são os temas mais abordados. A rotina e o clima de Cracóvia também tiveram  uma grande influência e serviram de cenário para a sua produção literária.

Wisława Szymborska faleceu no dia 1 de fevereiro de 2012, em Cracóvia, Polônia.

Poemas de Wislawa Szymborska:

Tortura

Nada mudou.O corpo sente dor,tem que comer, respirar, dormir,a pele fina, o sangue sob a pele,um bom estoque de dentes e unhas,os ossos frágeis,as juntas que se distendem.Na tortura tudo isto conta. Nada mudou.O corpo treme como tremiaantes da fundação de Roma e...

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O Fim e o Início

Depois de toda guerraalguém tem que fazer a faxina.As coisas não vãose ajeitar sozinhas.Alguém tem que tiraro entulho das ruaspara que as carroças possam passarcom os corpos.Alguém tem que abrir caminhopelo lamaçal e as cinzas,as molas dos sofás,os cacos de vidro,os...

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As Três Palavras Mais Estranhas

Quando eu pronuncio a palavra Futuroa primeira sílaba já pertence ao passado.Quando eu pronuncio a palavra Silêncio,Eu o destruo.Quando eu pronuncio a palavra Nada,Eu faço algo que nenhum não-ser pode reter.

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