Augusto Meyer

Poetas

Augusto Meyer nasceu no dia 24 de janeiro de 1902, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Um dos mais conceituados poetas brasileiros do século XX, ao lado de Raul Bopp e Mario Quintana completou a trindade do modernismo gaúcho, introduzindo uma feição regionalista e folclórica na poesia. Membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), ocupou a “Cadeira 13” da entidade, na sucessão de Hélio Lobo, a partir de 1960.

A iniciação de Augusto Meyer na literatura aconteceu ainda na adolescência, colaborando com poemas e ensaios críticos em jornais do Rio Grande do Sul. Aos 18 anos, em 1920, lançou o seu primeiro livro, intitulado “A Ilusão Querida”. Após essa publicação, ele ganhou boa repercussão em seu estado.

Ao lado de outros poetas e escritores gaúchos, como Teodomiro Tostes, Azevedo Cavalcante, João Santana e Miranda Neto, Augusto Meyer, em 1926, lança a revista “Madrugada”. Quatro anos depois, em 1930,  foi convidado por Getúlio Vargas para ser o diretor da Biblioteca Pública do Estado do Rio Grande do Sul, onde fica até 1936.

Em 1937, a pedido de Getúlio Vargas, transferiu-se para o Rio de Janeiro com um grupo de intelectuais gaúchos para organizar o Instituto Nacional do Livro, tendo sido seu diretor durante 30 anos. Nesse período, Augusto Meyer produziu muito e lançou os seus principais livros, como “Coração verde”, “Giraluz” e “Poemas de Bilu” que lhe deram renome nacional.

Além do regionalismo, a obra poética de Augusto Meyer também destaca-se por versos líricos, principalmente quando evoca a infância, num misto de memória e autobiografia. Também é percepítivel a presença de “fantasmas familiares”.

Dono de diversos prêmios literários, destaque-se o “Prêmio Machado de Assis”, dado pela ABL, pelo conjunto de sua obra.

Augusto Meyer faleceu no 10 de julho de 1970, no Rio de Janeiro.

Poemas de Augusto Meyer:

A Paleta do Poeta

Tortura do desenho! Horas a fio,seguindo o risco ideal de um vivo traçoque está dentro de mim, faço e desfaço,e sinto-o cada vez mais fugidio... A cor e a luz! Encher de vida o espaçonu da tela, retângulo vazio,sol interior que o visionário viue o pincel torna cada...

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Minuano

Ao Liberato Este vento faz pensar no campo, meus amigos,Este vento vem de longe vem do pampa e do céu. Olá compadre, levanta a poeira em corrupios,assobia e zune encanado na aba do chapéu. Curvo, o chorão arrepia a grenha fofa,giram na dança de roda as folhas...

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