Elizabeth Bishop

Poetas

Elizabeth Bishop nasceu no dia 8 de fevereiro de 1911, em Worcester, nos Estados Unidos. Umas das autoras americanas mais importantes do século XX,  foi a primeira e única mulher até hoje a receber Prêmio Literário Internacional Neustadt, em 1976. Também conquistou o Pulitzer de Poesia, em 1956. Viveu por mais de 20 anos no Brasil, tendo uma relação amorosa com a paisagista Lota de Macedo Soares.

Os primeiros poemas de Bishop foram apresentados na revista Con Spirito, que ela mesmo fundou ao lado de amigas no período em que estudou em Vassar College. A grande influencia de Elizabeth Bishop foi a poeta Marianne Moore, 24 anos mais velha, de quem se tornou amiga. Renomada, Moore foi fundamental  para ajudar a promover a carreira literária de Elizabeth, sugerindo o nome da amiga para o Houghton Mifflin Prize (prêmio de poesia), em 1946. 

Uma grande relação com o Brasil também marcou a vida e a carreira literária de Elizabeth Bishop. Em 1951, ela decide navegar pela América do Sul, instalando-se, primeiramente, na cidade de Santos, Litoral de São Paulo. A ideia era permanecer por duas semanas, mas sua estada estendeu-se por mais de duas décadas.

O Brasil foi berço de uma nova construção poética nas obras de Elizabeth, apresentando numerosos poemas, contos e cartas, abordando temas como a sua vivência afetiva com Lota de Macedo Soares, posições políticas e sociais voltadas ao udenismo (mesmo sem apresentar tanto entendimento teórico) e o amor pelas belas paisagens brasileiras. 

Ao lado de Lota, estabeleceu residência no Rio de Janeiro, depois em Petrópolis, onde viveram até 1965. Após o término da relação, mais tarde mudou-se para Ouro Preto, em Minas Gerais. Dois anos após a separação, Lota cometeu suicídio em Nova Iorque, Estados Unidos.

Elizabeth Bishop faleceu aos 68 anos, em 6 de outubro de 1979, em Boston, Estados Unidos. A sua relação com Lota de Macedo Soares foi tema do filme “Flores Raras”, do cineasta Bruno Barreto, de 2013. 

Poemas de Elizabeth Bishop:

Chegada em Santos

Eis uma costa; eis um porto;após uma dieta frugal de horizonte, uma paisagem:morros de formas tão práticas, cheios - quem sabe? [de autocomiseração,tristes e agrestes sob a frívola folhagem, uma igrejinha no alto de um deles. E armazéns,alguns em tons débeis de rosa,...

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