Emily Dickinson
Emily Elizabeth Dickinson nasceu no dia 10 de dezembro de 1830, em Amherst, Massachusetts, nos Estados Unidos. Considerada uma das maiores poetas americanas da história, ela é vista como uma mulher singular e vanguardista, abordando vários aspectos do Modernismo em suas obras. Seus versos concisos, mas de incrível profundidade e abrangência, construiu-se acerca de uma personalidade solitária e, por muitas vezes, enigmática, que até hoje causa grande curiosidade sobre a vida da autora.
Apesar de escrever muito, Emily Dickinson não tinha o hábito de mostrar os seus poemas (publicou cerca de 10 em toda a vida). Praticamente toda a sua obra – estima-se quase mil poesias – foi apresentada após a sua morte. Esse jeito misterioso de ser não permite maiores conhecimentos sobre o cotidiano da autora, contudo, observando seus textos, entende-se que a poeta tinha uma linguagem própria para se expressar.
A lírica poética de Dickinson é um vendaval de paradoxos, sem métricas estabelecidas e rimas flexíveis. As questões existencialistas, vida e morte, cotidiano, a natureza e a fé em Deus, são os temas mais abordados na literatura de Dickinson.
Emily Dickinson faleceu no dia 15 de maio de 1886, aos 55 anos de idade.
Poemas de Emily Dickinson:
Não sou Ninguém! Quem é Você?
Não sou Ninguém! Quem é você? Ninguém — Também? Então somos um par? Não conte! Podem espalhar! Que triste — ser— Alguém! Que pública — a Fama — Dizer seu nome — como a Rã — Para as almas da Lama!
Se Recordar fosse Esquecer
Se recordar fosse esquecer, Eu não me lembraria. Se esquecer, recordar, Eu logo esqueceria. Se quem perde é feliz E contente é quem chora, Que alegres são os dedos Que colhem isto, Agora!
Sépala, Pétala e um Espinho
Sépala, pétala e um espinho — Nesta manhã radiosa — Gota de orvalho — Abelhas — Brisa — Folhas em remoinho — Sou uma rosa!
Uma Palavra se Abre
Uma palavra se abre Como um sabre — Pode ferir homens armados Com sílabas de farpa Depois se cala — Mas onde ela caiu Quem se salvou dirá No dia de desfile Que algum Irmão de armas Parou de respirar. Aonde vá o sol sem ar — Por onde vague o dia — Lá está esse assalto...
A uma Luz Evanescente
A uma luz evanescente Vemos mais agudamente Que à da candeia que fica. Algo há na fuga silente Que aclara a vista da gente E aos raios afia
Ter Medo? De quem terei?
Ter Medo? De quem terei? Não da Morte – quem é ela? O Porteiro de meu Pai Igualmente me atropela. Da Vida? Seria cómico Temer coisa que me inclui Em uma ou mais existências – Conforme Deus estatui. De ressuscitar? O Oriente Tem medo do Madrugar Com sua fronte subtil?...
Poetas similares à Emily Dickinson
- Cecília Meireles
- Sylvia Plath
- Adélia Prado
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