Manuel António Pina

Poetas

Manuel António Pina nasceu no dia 18 de novembro de 1943, em Sabugal, Portugal. Considerado uma das mais originais vozes da poesia portuguesa pós-pessoana, na segunda metade do século XX, tem diversos livros adaptados ao cinema e televisão. Pelo conjunto da obra, venceu o Prêmio Camões de literatura, em 2011.

Influenciado por poetas como T.S Eliot e Jorge Luis Borges, criou uma peculiar “brincadeira filosófica” com as palavras, para definir conceitos e interpretações aos seus poemas. A grande utilização de trocadilhos cria um verdadeiro jogo de imaginação, incitando ao leitor a mais intríseca capacidade criativa, exploração do senso crítico e desconstrução, principalmente em relação à fragmentação do “eu”.

Embora o seus poemas sejam o carro-chefe de sua produção literária, Manuel António Pina também dedicou-se a escrever outros gêneros, como crônicas, ficção e ensaios, além de textos para o público infanto-juvenil.

Conceituado em Portugal, Manuel António Pina também conseguiu muito sucesso em outros países, tendo sua obra difundida na mais diversas línguas. A maioria dos seus livros foram traduzidos e publicados na França, Estados Unidos, Espanha, Dinamarca, Alemanha, Países Baixos, Rússia, Croácia e Bulgária.

Manuel António Pina faleceu no dia 19 de Outubro de 2012, na cidade do Porto, em Portugal.

Poemas de Manuel António Pina:

O Grito

Não valia a pena esperar, ninguém viriaque nos segurasse a cabeça e nos pegasse nas mãos,estávamos sós e essa solidão éramos nós; e era indiferente sabê-lo ou não,ou gritar (ou acreditar), porque ninguém ouvia:o grito era a própria indiferença. Presente, apenas...

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Os Livros

É então isto um livro,este, como dizer?, murmúrio,este rosto virado para dentro dealguma coisa escura que ainda não existeque, se uma mão subitamenteinocente a toca,se abre desamparadamentecomo uma bocafalando com a nossa voz?É isto um livro,esta espécie de coração (o...

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O Regresso

Como quem, vindo de países distantes fora desi, chega finalmente aonde sempre estevee encontra tudo no seu lugar,o passado no passado, o presente no presente,assim chega o viajante à tardia idadeem que se confundem ele e o caminho. Entra então pela primeira vez na sua...

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