
Tanussi Cardoso
Tanussi Cardoso, nascido a 25 de fevereiro de 1946, no Rio de Janeiro. Ex-Presidente do Sindicato dos Escritores do Estado do Rio de Janeiro (SEERJ), é formado em Jornalismo e em Direito. Poeta, crítico, contista, tradutor, letrista e compositor de MPB, integra a Enciclopédia de Literatura Brasileira e o Dicionário da Música Popular Brasileira. Vencedor de mais de 40 prêmios literários, nacionais e internacionais, publicou 13 livros de poemas, além de participação em dezenas de antologias de poesia.
A trajetória de Tanussi na poesia atravessa fronteiras. É, atualmente, um dos poetas brasileiros mais prestigiados em eventos e atividades literárias na América Latina, tendo suas obras traduzida para mais de 10 idiomas. Em 2006, seu livro “Exercício do Olhar”, lançado na Cidade do México, durante o Segundo Festival Latino-americano de Poesia, foi eleito o Melhor Livro do gênero pelo Congresso Latino-Americano de Literatura.
Em 2021, sete de seus poemas foram publicados na Revista Brasileira n. 104, da Academia Brasileira de Letras (ABL). Pertence ao Pen Clube do Brasil, à União Brasileira de Escritores (UBE-RJ), à Associação Profissional de Poetas do Estado do Rio de Janeiro (APPERJ). Foi membro da Representación Internacional de La Casa Del Poeta Peruano no Brasil.
A obra de Tanussi Cardoso traduz um ímpeto às condições humanas em relação à vida. Aborda temas atuais, do cotidiano, ao mesmo tempo que aprofunda a nossa existência por suas ações e consequências. Utiliza jogo de ideias e metáforas, para ampliar a capacidade de interpretação em seus versos. Possui uma escrita densa, repleta de reinvenções e novos sentidos, onde o seu íntimo é exposto em imagens fortes, claras, mas, ainda sim, protegido pelo adorno de suas palavras.
Poemas de Tanussi Cardoso:
De Fumaça, A Palavra
Toda palavra é noite. Perpetua a angústia do não encontro. Há sempre perda no contato, Mesmo que se some à pele o espanto. Toda palavra é prisão e liberdade. Intervalo entre som e silêncio. Toda palavra é falta. Suspiro entre sopro e chama. Toda palavra é não. Dentes...
Grão
O que de mim se esvai é o que fica Sou a permanência dos dias em que morro Diariamente construo não a minha vida Mas o que dela existir enquanto morto
As Mortes
quando o primeiro amor morreu eu disse: morri quando meu pai se foi coração descontrolado eu disse: morri depois, a avó do Norte os amigos da sorte os primos perdidos o pequinês, o siamês morri, morri estou vivo a poesia pulsa a natureza explode o amor me beija na...
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