Wallace Stevens
Wallace Stevens nasceu a 2 de outubro de 1879, em Reading, Pensilvânia, Estados Unidos. É considerado um dos poetas modernistas americanos mais importantes da primeira metade do século XX, seu nome acumula fortuna crítica comparável à de T.S. Eliot, seu antípoda. Recebeu, pelo conjunto da obra, o Prêmio Pulitzer de Poesia, em 1955, mesma época de sua morte, aos 75 anos.
Dono de um esteriótipo “desinteressante”, bem diferente da maioria dos poetas e artistas de sua geração, Wallace Stevens era uma pessoa pacata, sem grande acontecimentos, envolta à rotina de trabalho em uma grande companhia de seguros em Hartford, Connecticut. Essa personalidade “sóbria”, no entanto, incomodava outros nomes da literatura de sua época, principalmente Ernest Hemingway, de quem levou uma surra.
Outra peculiaridade de Wallace Stevens como poeta foi a “demora” para começar a escrever sua obra. Sem pressa, como se esperasse uma eterna maturação literária, só veio a publicar o seu primeiro livro aos 44 anos, continuando a produzir peças da maior qualidade depois dos 70 anos.
Sua poesia, que dialoga com os pintores e os filósofos modernos, desenvolve uma reflexão sobre o significado da arte, que para ele é a ferramente moderna mais próxima para pôr no lugar da religião. A realidade e a imaginação movem seus versos, com que propõe uma visão meditativa para compreensão do mundo.
Wallace Stevens faleceu no dia 2 de agosto de 1955, em Hartford, Estados Unidos.
Poemas de Wallace Stevens:
A Poesia É uma Força Destrutiva
Isto é que é a miséria, Nada Ter no coração. É Ter ou nada. É uma coisa Ter, Um leão, um boi no seu peito, Senti-la respirando ali. Corazón, cachorro bravo, Bezerro, urso de pernas tortas, Ele prova seu sangue, não cospe. É como um homem No corpo de uma fera violenta....
O Homem da Neve
É preciso uma mente de inverno Para olhar a geada e os ramos Dos pinheiros cobertos pela nevada E há muito tempo fazer frio Para observar os zimbros arrepiados de gelo, Os abetos ásperos no brilho distante Do sol de janeiro; e não pensar Em qualquer miséria no som do...