Alphonsus de Guimaraens Filho

Poetas

Afonso Henriques de Guimarães Filho, conhecido literariamente como Alphonsus de Guimaraens Filho, nasceu em 3 de junho de 1918, na cidade de Mariana, Minas Gerais. Filho do grande poeta Alphonsus de Guimaraens, foi integrante da terceira fase do Modernismo brasileiro,  a “Geração de 45”, junto a nomes como João Cabral de Melo Neto, Mário Quintana e Guimarães Rosa. Dono de diversos prêmios literários, ganhou o Prêmio Jabuti de Poesia, pelo livro “Nó”, em 1985.

Alphonsus de Guimaraes Filho publicou o seu primeiro livro, “Lume de Estrela”, em 1940. Logo em sua primeira obra recebeu dois prêmios importantes: o  de Literatura da Fundação Graça Aranha e Prêmio Olavo Bilac da Academia Brasileira de Letras.

A obra literária de Alphonsus Filho tem um alto envolvimento místico, com imagens entremeadas de luz e inquietação, além de experiências metafísicas. Apresentou grandes inovações na pesquisa estética e também nas formas de expressão da literatura.

Apesar de não ter vivido muito tempo com o seu pai – faleceu quando ele tinha apenas três anos –  a influência poética de Alphonsus de Guimaraens torna-se nítida no simbolismo da sua poesia. Para homenagear o pai, ele publicou a obra completa do poeta no final da década de 50.

Alphonsus de Guimaraens Filho faleceu no 28 de Agosto de 2008, no Rio de Janeiro.

Poemas de Alphonsus de Guimaraens Filho:

Loucos e Santos

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.Deles não quero...

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À minha Esposa

Prefácio altivo não me sairá da penacomo prelúdio ao que te deixo;de um poeta a um poema,ouso dizer por fecho. E se de tais pétalas cadentesum verso ainda te for belo,leve sopro de Amor fará que assenteem teus cabelos. E quando vento e inverno enfimferirem toda a...

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Soneto à Liberdade

Não que eu ame teus filhos cujo olhar obtusoSomente vê a própria e repugnante dor,Cuja mente não sabe, ou quer saber, de nadaÉ que, com seu rugir, tuas Democracias,Teus reinos de Terror e grandes AnarquiasRefletem meus afãs extremos como o mar,Dando-me Liberdade! - à...

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Flor de Amor

Não te culpo, amor, foi por culpa minha, que se não fora feito de barro vulgarEu escalava aos penhascos por pisar, e ao mais largo dia, ao mais puro ar. Do centro louco da paixão defunta, eu tocava a mais melódica cantiga,Acendia a luz mais clara, mais livre...

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Sinfonia em Amarelo

Como amarela borboletaCruza a ponte a diligência;Um transeunte, intermitente,Surge tal mosca inquieta. Contra o molhe se arremessamAs lanchas de feno amarelo,E a bruma vela o cais, um seloOu lenço amarelo de seda. Amarelas, folhas fanadasCaem dos olmos de...

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Pressentimento

Teu frio; teu espanto; as sombras insensatascavalgando o silêncio; e a noite que não cessa.De onde trouxeste a luz que, cálida, desatassobre a noite em que estás, que é só tua, não essa em que nos vamos, nós, os que já nem te vemos?Que mais queres, a pungir o silêncio...

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