William Shakespeare

Poetas

William Shakespeare (1564-1616), nasceu no condado de Warwick, Inglaterra, no dia 23 de abril de 1564. Dramaturgo e poeta, ele é autor de clássicos mundiais como Hamlet, Otelo, Macbeth e Romeu e Julieta, que os transformou em um dos escritores mais lidos e conhecidos da história. Suas obras abrangem cerca de 40 peças, entre comédias românticas, dramas e tragédias. Shakespeare ainda publicou três livros em estilo renascentista: Vênus de Adônis (1593), Lucrécia (1594) e Sonetos (1609).

As obras shakespearianas se caracterizam pelas buscas acentuadas das sensações mais puras dos sentimentos humanos: amor, paixão, afeto, ódio, raiva, tristeza, melancolia, ciúme, inveja, da mais verdadeira alegria ao mais terrível desespero, juntando aspectos e características do estilo de vida inglês da época. Sua citações mais conhecidas provêm exatamente da cultura anglo-saxônica e folclores antigos num estilo bem próprio de observar o mundo ao seu redor.

Como poeta, Shakespeare se especializou em escrever sonetos, sendo umas das maiores referências desse método de expressão poética. Ele possui cerca de 150 sonetos, que também falam dos extremismos emocionais dos sentimentos, dúvidas existenciais, vida e morte.

William Shakespeare faleceu em Stratford-upon-Avon, exatamente no dia de seu aniversário de 52 anos, em 23 de abril de 1616.

Poemas de William Shakespeare:

Soneto 22

Não diga o meu espelho que envelheço, se a juventude e tu têm igual data, mas se os sulcos do tempo em ti conheço então devo expiar no que me mata. Tanta beleza te recobre e deu tais galas a vestir a meu coração, que vive no teu peito e o teu no meu. Mais velho do que...

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Amar quem Está tão Próximo da Morte

Esta estação do ano podes vê-la em mim: folhas caindo ou já caídas; ramos que o frêmito do frio gela; árvore em ruína, aves despedidas. E podes ver em mim, crepuscular, o dia que se extingue sobre o poente, com a noite sem astros a anunciar o repouso da morte,...

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Comparar-te a um Dia de Verão?

Comparar-te a um dia de verão? Há mais ternura em ti, ainda assim: um maio em flor às mãos do furacão, o foral do verão que chega ao fim. Por vezes brilha ardendo o olhar do céu; outras, desfaz-se a compleição doirada, perde beleza a beleza; e o que perdeu vai no...

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Soneto 130

Não tem olhos solares, meu amor; Mais rubro que seus lábios é o coral; Se neve é branca, é escura a sua cor; E a cabeleira ao arame é igual. Vermelha e branca é a rosa adamascada Mas tal rosa sua face não iguala; E há fragrância bem mais delicada Do que a do ar que...

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Soneto LXX

Se te censuram, não é teu defeito, Porque a injúria os mais belos pretende; Da graça o ornamento é vão, suspeito, Corvo a sujar o céu que mais esplende. Enquanto fores bom, a injúria prova Que tens valor, que o tempo te venera, Pois o Verme na flor gozo renova, E em...

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Inverno

Foi tal e qual o inverno a minha ausência de ti, prazer dum ano fugitivo: dias nocturnos, gelos, inclemência; que nudez de dezembro o frio vivo. E esse tempo de exílio era o do verão; era a excessiva gravidez do outono com a volúpia de maio em cada grão: um seio...

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Alma Sincera

De almas sinceras a união sincera Nada há que impeça: amor não é amor Se quando encontra obstáculos se altera, Ou se vacila ao mínimo temor. Amor é um marco eterno, dominante, Que encara a tempestade com bravura; É astro que norteia a vela errante, Cujo valor se...

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Soneto LXXXVIII

Quando me tratas mau e, desprezado, Sinto que o meu valor vês com desdém, Lutando contra mim, fico a teu lado E, inda perjuro, provo que és um bem. Conhecendo melhor meus próprios erros, A te apoiar te ponho a par da história De ocultas faltas, onde estou enfermo;...

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Soneto XVIII

Devo igualar-te a um dia de verão? Mais afável e belo é o teu semblante: O vento esfolha Maio inda em botão, Dura o termo estival um breve instante. Muitas vezes a luz do céu calcina, Mas o áureo tom também perde a clareza: De seu belo a beleza enfim declina, Ao léu...

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Soneto XII

Quando a hora dobra em triste e tardo toque E em noite horrenda vejo escoar-se o dia, Quando vejo esvair-se a violeta, ou que A prata a preta têmpora assedia; Quando vejo sem folha o tronco antigo Que ao rebanho estendia sombra franca E em feixe atado agora o verde...

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Soneto I

Dos raros, desejamos descendência, Que assim não finde a rosa da beleza, E morto o mais maduro, sua essência Fique no herdeiro, por inteiro acesa. Mas tu, que só ao teu olhar te alias, Em flama própria ao fogo te consomes Criando a fome onde fartura havia, Rival...

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Ser ou Não Ser

Ser ou não ser, eis a questão. Acaso É mais nobre a cerviz curvar aos golpes Da ultrajosa fortuna, ou já lutando Extenso mar vencer de acerbos males? Morrer, dormir, não mais. E um sono apenas, Que as angústias extingue e à carne a herança Da nossa dor eternamente...

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